quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


um ontem e hoje .
É impressionante de como nos identificamos com um aglomerado de objectos, sentimentos, lugares, músicas… é incalculável o certo valor que lhes damos e depois, quando vemos, sentimos, permanecemos ou ouvimos, ter a tendência de relembrar, pensar e questionar.
Não é estranho. É apenas uma maneira que temos de relembrar mais tempo o que passou e foi importante. É apenas uma forma de refúgio que encontramos de reaver no pensamento o tempo que passou e não volta a ser.
Isto são memórias, que ficaram guardadas dentro de cada um, e só cada um sabe a sua devida e verdadeira importância.
O passado é uma etapa ultrapassada e o presente uma coisa que se vive no dia a dia. O futuro não deve ser pensado, mas pode-se construir.
Memórias são apenas lembranças que caíram nas mãos do passado e tendiam a ser enterradas. Mas o tempo, não deixa. Ao longo dos dias, vai trazendo mais um pouco de cada uma, deixando-as ficar num outro espaço mais próximo. Só peço para não voltarem, para deixarem de invadir o meu pensamento. Mas é mais forte do que uma vontade, e mais fra
co do que um desejo.

Só quero que me abraces para eu repor as ideias e sentir que contigo é que estou bem.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

diferenças !
Acordo de manhã. Talvez ontem tenho tido dificuldades em adormecer e hoje me sinta um pouco baralhada em termos de pensamentos, mas em algo mais (?)
Saio da cama, visto-me e num ápice saio de casa, com mais uma vez receio de ter perdido a camioneta das 7:20. Boa, consegui, mais um dia que consegui chegar a tempo a paragem. Entro na camioneta, e todos os olhares se focam em mim, mais uma vez não tenho lugar para me sentar derivado a estarem todos ocupados. Olho ao meu redor e vejo, que todos os dias, as mesmas pessoas, aparecem sentadas nos mesmos lugares, com a mesma aparência de cansaço e fadiga, e em junção destes dois, algum sono. Pergunto-me várias vezes de onde virão, para onde irão, mas isso só cada um sabe, e eu só sei que ficarei presa naqueles olhares durante breves minutos, e que no dia seguinte, a mesma rotina me vai levar a estar naquele mesmo lugar, com as mesmas companhias.
O nevoeiro lá fora era imenso e impedia a visibilidade da paisagem que gostava de poder apreciar. A camioneta ia abrindo caminho entre aquela estrada e cada vez ficava mais vazia. As pessoas tomavam os seus rumos, a casa ou ao trabalho, levando os filhos a escola, mas sempre com aquela ar cansado e sonolento. Posso ver na face de cada um que trabalham sem poder, alguns aparecem usando roupas sujas e rompidas com o tempo, mas trazem sempre consigo aquele ar de boa disposição, mas interiormente permanecem tristes. Talvez essas mesmas pessoas não tenham como “sobreviver”, tenham uma casa para sustentar, o homem ou a mulher não trabalha, um dos filhos é toxicodependente, alguém tenha uma doença e necessite de medicações com custos elevados (…) são vários os motivos destes problemas monetários. A lei da sobrevivência é difícil. O mundo cada vez piora. Nesta vida, nada temos garantido, e eu a cada dia tenho mais questões.
Se tivesse quem me arranjasse resposta para todas eu acreditava que isto não fosse piorar.