quinta-feira, 30 de julho de 2009

d.esde 2006

quarta-feira, 22 de julho de 2009



No silêncio da noite fixei o olhar na estrela mais brilhante e lembrei.No decorrer do tempo, fazemos tantas escolhas que não devemos, vamos e somos levados por meras pessoas que conheçemos á relativamente pouco tempo e achamos as melhores. O passado é coberto pelo presente sem se dar conta e quando notamos, já só existe uma pequena lembrança, que nem sabemos se é pouco ou muito significativa.
Para uns é pouco, mas para mim é muito.
"o teu cabelo está grande". Já la vai á tanto tempo que as mudanças falaram por si.
(Acreditas que quando mais precisei de ti foi quando me deixaste no desespero? Sim. Eu precisava do teu calor, do teu amor; da tua maneira de ser, precisava que me fizesses VIVER; e tu, deixaste-me naquele cais, sozinha, como castigo de eu também te ter abandonado uns tempos antes, para te fazer ver que não estava ali sempre á tua espera.)
Não vou pedir mais do que aquilo que tenho agora.
"estás feliz?"
"muito, e tu?"
"também"
Voltar ao mesmo lugar, e sentir. "eu quero ficar contigo"
Quero ouvir-te dizer. Quero ver-te sorrir. Quero sentir a tua presença.
Existem coisas de que não conseguimos abdicar.

domingo, 12 de julho de 2009

Desespero.

Era tempo de te ver, de te reencontrar. Precisava ouvir a tua voz, precisava de te abraçar. O meu corpo estava carecido da tua presença e o meu desenvolvimento físico parece ter parado desde o dia em que te foste embora.
Via-me igual. Não notava quaisquer diferenças. Mais um sinal da tua falta.

Ao olhar-me no espelho via uma pessoa que nunca pensei ser: sentia-me anoréctica, pálida, sem forças, via os meus ossos bem salientados e sentia fome e sede. Sim, mais uma vez, desde que foste embora eu perdi sentidos, perdi TUDO. Via-me só com desejos. O desejo de te ver a agarrar-me pela mão e me teres tirado daquele inferno pavorento e de onde eu já não conseguia sair.
Os dias passavam, os vícios já não podiam ser sustentados, a bateria do meu telemóvel já estava no limite de descarregado e mais uma vez não tinhas dado sinal de vida. Era o nosso dia. Mais um dos 4 que te tinhas esquecido. Tinha jurado que não esperaria mais, que seria mais um e acabava tudo.
Esperei-te até á meia-noite no nosso lugar; aquele onde me tinhas levado a ver as estrelas e demonstrado o mundo da fantasia.
Eu perguntei-te o que se passava; não demostraste interesse em responder.
Aquele objecto estava gelado. Sentia-o a deslizar pelos meus braços levemente e sentia arrepios de cada vez que o vento soprava mais forte. Bateria fraca.

Tão rápido foi que me senti ainda mais fraca; lembro-me de ter entrado em contacto com o pavimento da rua em grande choque e de ver uma mancha vermelha no chão que envolvia os meus braços e a minha cabeça.
A última coisa que senti foi que alguém me segurou a mão e tentava perceber o que se passava. Por entre aquela escuridão consegui perceber que eras tu.

“Desculpa, eu amo-te”. Isto sim, foi a ultima coisa que ouvi.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Hoje
Triste é pensar que um dia te tive ao meu ouvido a dizer “eu amo-te” e hoje apenas me fazes sorrir com certas palavras.
A mágoa deixou de fazer parte daqueles certos pensamentos e das lembranças; a saudade foi curada pelas acções dos seres humanos e julgou-se que o eterno sentimento continuará pelo fio onde foi cortado da última vez.
“É esquisito”
Não venhas com histórias. Tu estiveste no mesmo lugar que eu, fizeste o mesmo que eu, pisaste o mesmo chão, respiraste o mesmo ar…
“Realmente é mesmo esquisito”
Eu armada em parva fui na onda da conversa.
Sabes porque se diz que é esquisito?
Isto é como um antes, e um depois.
“O tempo cura tudo”, mas a mim não me curou nada. A ferida ainda tem vestígios das letras cravadas com o teu nome, e parece que cada vez ficam mais profundas, se meio de desaparecerem. Um dia disseste “é para sempre” e eu fechei os olhos e continuei a sonhar; o facto é que se tratava da pura realidade, e eu quebrei a lengalenga.
O período de estar contigo expirou, e eu só tive tempo de me ver emaranhada nos teus lábios secos e de sentir o pouco prazer de te ter nos meus braços.
Chegou a altura de ir embora.
Até amanhã.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Se eu me recordo...
Ainda consigo... se continuar com o "sonho" ainda consigo sentir o teu odor a invadir as minhas fossas nasais e a inundar os meus sentidos. Fico com saudades daquilo.
Sei de cor mensagens, tenho os objectos, há lugares, existe algum sentimento.
Houve um dia em que passei por um lugar que estava marcado por nós.
Reparei que as iniciais que havíamos escrito naquela árvore estavam quase tapadas com a nova casca que tinha nascido. Fiquei triste. Senti uma pequena dor no meu peito, acho que queria fazer-me ver que o que passamos estava a desaparecer, e que com o tempo, ia ficar perdido no meio de tantas outras coisas.
Mas espera; Desapareceu?
Estava apenas a ser um bocado irónica acho. Durante tanto tempo, eu quis mentalizar-me de que era apenas uma fase, que iria passar á história, mas no entanto, não passou e ainda vive em mim, com um pouco de chama acesa.
- Lembras-te daquele lugar?
Lembraste quantas vezes falamos, fizemos juras, rimos, magoámos, reagimos, (...) naquele lugar?
Eu passo a vida a (re)lembrar. Eu não consigo evitar. Eu não consigo deixar de gostar de ti.
É muito para esquecer, e não tem sido permitido fazê-lo.
Eu quero parar, mas é (muito) impossível
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