quarta-feira, 30 de setembro de 2009



Quando as palavras se soltaram pela noite dentro e formaram palavras (in)desejadas mas ao mesmo tempo adoráveis eu fiquei com a respiração suspensa por alguns minutos, até tu me puxares para a tona.
"então? que se passa?"
"estava a afundar-me"
"tu não vais afundar mais nenhuma vez, eu estarei aqui para sempre"
Há quem chegue quando estamos no meio do nada, a tentar nadar contra a corrente ou a ser levados por ela, que nos puxa para o fundo, quando não se sabe abraçar a água e flutuar sobre o prazer se a sentir.
"Prometes?"
"Prometo"
Como é que se pode amar alguém que esteve todos os dias ao nosso lado, e nós nem iamos dando conta?
É complicado explicar, mas eu amo-te (mais do que se imagina).

sábado, 26 de setembro de 2009

Eu, Tu, Juntos, Sempre

You hold the other line

'Cause there is a light in your eyes, in your eyes

Quanto mais tentamos unir a corda rebentada, ela acaba sempre por desatar de novo, e ficamos á deriva no meio do oceano, sem ninguém a quem recorrer. Acho que foi uma questão de tempo.
"a sério? já era tempo disso, finalmente"

Vi-me com as portas do mundo abertas, e corri até não puder mais. Fiquei longe de ti e de tudo o que te rodeava, e do que me fazia lembrar de ti.
"existem coisas e pessoas a quem devo dar mais importância" 
Agora, os tempos são outros, a mente e o coração já sabem que não podem voltar atrás, caindo no mesmo erro, e usufruindo de pequenos prazeres que voltavam a acabar passado outro pouco tempo.
"sabes qual é o teu mal? gostares mais dele, do que de ti mesma"
Como isto tardava em desaparecer, e agora já nem sequer está presente.
"soraia, deixa de ser estúpida, vive a vida"
Quem disse isto? Não me lembro, mas obrigado, acho que me curei da pior "droga" que consumi até hoje.
Adeus, para sempre.





terça-feira, 22 de setembro de 2009



Got a secret
Can you keep it?
Swear this one you'll save

domingo, 20 de setembro de 2009

Não queiras negar que não houve despedida.
Eu sentia-me a ser engolida pelo chão que era circundante a minha volta e tu estavas apenas a ver-me a desaparecer, como se o que estivesses a ver fosse um espectáculo circense ou algo que te mantesse pasmado.
Eu fui naquela viajem que mais parecia ser a maior da minha vida, e ao longo da descida escorrega ia vendo as imagens que nos uniram por aquela infinidade de dias.
Ao longo do tempo, o afecto e o carinho tornaram-se cada vez mais incomparáveis, mas as acções por vezes eram insatisfatórias, os pensamentos eram o inverso do pretendido e a minha caixa de entrada continuava aberta a novas palavras que tardavam em chegar.
"foi melhor assim"
Os meus ouvidos estavam serrados a qualquer tipo de insinuações, e só consegui sentir o coração a desejar-te como quem necessita de ar para viver.
Dei por mim, caída no chão, com o corpo dorido, naquela sala repleta pela escuridão e por aquele ponto de luz ao fundo do enorme corredor.
"vai, ainda estás a tempo de te libertar para o mundo lá fora"

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Houveram dias em que as saudades conseguiam ficar de lado, e eu conseguia limitar-me a esquecer aquele caminho, que todos os dias me massacrava, tanto na ida como no regresso, por ser longo e cansativo. Houveram dias em que me apetecia largar tudo e correr para a paragem, apanhar o autocarro, e esperar que a longa viagem terminasse para poder ver por quem o coração gritava saudade... Mas não.
Agora que tudo começou outra vez, a rotina vai começar a ficar gasta, não por tudo ser diferente, mas as pessoas optarem por outras escolhas, os lugares marcantes ficarem domados por outros seres que não os mesmos...
Vem aí o Inverno, o mau tempo levará alguém aos mesmo lugares?

sábado, 12 de setembro de 2009

Ao longo do caminho tu ias-me fazendo delirar de intusiasmo pelas coisas que contavas e fazias-me ganhar um certo odio á tua pele por o perfume que transportavas ser tão delicioso e delicado. Era assim mesmo, mal começavas a aproximar-te daquele lugar sagrado, eu já sentia o aroma unico que transportavas a kilometros de distância.
Algumas vezes, tive vontade de te agarrar "como se fosses uma almofada" e ficar deitada no teu peito como naquele dia de imenso frio.
O olhar que subrepunha o chão era seco e frio e nada te fazia voltar atrás. O caminho de regresso a casa não foi igual. As ruas estavam de novo desertas, a noite mais uma vez era gélida (...) as palavras eram mudas, os teus ouvidos nada captavam a não ser a música vinda daquele aparelhozinho incompetente, e eu, domada pela raiva de não obter resposta a minha pergunta, calei.
A raiva vinda do teu olhar, assustava-me e fazia-me tremer de medo, mas mesmo assim consegui ficar abraçada a ti, quando pensei que terias ido embora, mas apenas estavas a espera e a ganhar tempo para eu ficar a salvo.
A música vinda do teu ouvido chamou-me a atenção e não consegui aguentar. Era demasiado comparativa ao momento. Fez-me ir embora porque talvez não estivessemos a dar aquilo que era necessário.
Eu fiquei lá, e tu voltaste para ver se eu tinha entrado mesmo, mas eu vi-te a descer a rua, mas não tive força para abrir a porta e ir.
Ficamos por aqui.
There's something in your eyes
is everything al right?
you look up to the sky
you long for something more, Darlin'
give me your right hand
i think i understand, follow me
and you will never have to wish again

I know that after tonight
you don't have to look up
at the stars no no no no
and i know by the end of tonight
you don't have to look up at the stars
and i know the love is alright
you don't have to look up
aat the stars no no no no
i know by the end of tonight
you don't have to look up at the stars
no no no no no no no no no

tell me how you feel
and if i'm getting near
i'll tell you where to steer
you tell me where to steer, darlin'
way above the clouds
and high above the stars
through the unknown black holes
noone knows where we are
but we'll return to earth
and do it all over again
(...)

domingo, 6 de setembro de 2009


As lágrimas inundavam o meu regresso a casa e tu estavas de consciência tranquila, aconchegado com a tua manta mais quente naquela noite gélida e escura. Eu continuava a andar, por ruelas sombrias, a comer pó e a senifar o ar contaminado.
O tempo passou e eu só queria esvaziar a minha caixa de entrada, ignorar a caixa de saída e colocar o telemóvel em modo silencioso. Vibrava. Mais uma que continha provas do massacre mais uma vez que não esperava.
Ao longo do tempo eu fui crescendo e aprendendo a lidar com o teu jeito, a tua maneira de ser. Guardei o teu perfume num beco sem saída e vi-te com sendo um ser imaculado. Quando te unias a mim eu sentia-me presa a algo que só me podia libertar quando chegasse a hora de ir embora. Isto não era mau, pois tu fazias nascer em mim uma felicidade infinita e domavas o meu coração melhor do que ninguém.
Fazias com que a chama do prazer se acendesse e durasse... Eu era levada a viajar por tudo o que era canto encantado e era encantada com o teu encanto.
Era tudo um sonho; quando acordei e dei por mim ao avesso na cama, agarrada a minha almofada.