domingo, 6 de setembro de 2009


As lágrimas inundavam o meu regresso a casa e tu estavas de consciência tranquila, aconchegado com a tua manta mais quente naquela noite gélida e escura. Eu continuava a andar, por ruelas sombrias, a comer pó e a senifar o ar contaminado.
O tempo passou e eu só queria esvaziar a minha caixa de entrada, ignorar a caixa de saída e colocar o telemóvel em modo silencioso. Vibrava. Mais uma que continha provas do massacre mais uma vez que não esperava.
Ao longo do tempo eu fui crescendo e aprendendo a lidar com o teu jeito, a tua maneira de ser. Guardei o teu perfume num beco sem saída e vi-te com sendo um ser imaculado. Quando te unias a mim eu sentia-me presa a algo que só me podia libertar quando chegasse a hora de ir embora. Isto não era mau, pois tu fazias nascer em mim uma felicidade infinita e domavas o meu coração melhor do que ninguém.
Fazias com que a chama do prazer se acendesse e durasse... Eu era levada a viajar por tudo o que era canto encantado e era encantada com o teu encanto.
Era tudo um sonho; quando acordei e dei por mim ao avesso na cama, agarrada a minha almofada.

Sem comentários:

Enviar um comentário