segunda-feira, 30 de março de 2009

- Conclusões certeirasSubi.
Subi aqueles desmedidos degraus tentando alcançar o tal patamar plano.
Consegui, apesar do meu ar desmazelado, frágil e um pouco inconsciente.
Caminhei em direcção ao fundo do varandim e foquei o olhar no horizonte longínquo. Fui levada a fechar os olhos e pude sentir a ventania da madrugada a tocar-me o rosto quente e cansado. Assim me mantive por alguns instantes.
Senti alguém a chocar com o meu corpo e senti um subtil beijo. Nem sequer olhei para ver quem era, pude logo perceber que eras tu, com o teu ar meigo e doce, a meu lado, no cenário perfeito.
Se fechar os olhos ainda consigo ser levada para o mesmo lugar, com o mesmo cenário, as mesmas cores, os mesmos sons, o ar gélido que pairava no ar…
O que não esqueço é o ar inconsciente que nos dominava e a maneira de como nos fazia sentir aquele lugar, àquelas horas… o tempo parou, e só nós sabíamos quem existia. Permanecíamos de olhos cerrados, e com uma certa fragilidade sentia a tua respiração indomável e lenta.

Depois disto achas que já não percebi? Eu já entendi o teu papel nesta peça. Nós somos os protagonistas, e continuamos a jogar.
Queres parar o jogo?
Que pena, é um jogo eterno
Amo-te, e só tu sabes


(eu sabia que não querias acabar o jogo)

domingo, 22 de março de 2009

Sabes porquê?
Eu dizia-te.
Poderia mentir-te.
Dizer-te que esqueci.
Poderia inventar mil e uma desculpas para ocultar certos deslizes de que tenho sido “vítima”.
Mas não.
Não consigo. Não consigo esconder-te. Não consigo ocultar, por mais que queria, este passado. Não posso negar-te de que aquilo foi demasiado importante para mim e existem certos dias em que cada dia parece que é naquele exacto momento, porque sinto-o como se fosse real, hoje.
Hoje, ontem, no outro dia (…) já sabes como me senti. Senti atraída, como que um íman, pelas memórias e lembranças dos tais momentos, sentimentos…
Perguntas-me porquê, porque penso.
Eu não sei responder.
Gostava de poder dar-te uma resposta concreta e esclarecedora, mas não consigo expressar isto dessa maneira.
Isto soa-me dentro da alma todos os dias. Faz com que o meu coração dispare só de pensar nos males que vai causar. Faz-me recuar no tempo para me fazer sentir mal, mas de um certo modo bem (?)
DESCULPA!

domingo, 1 de março de 2009

TARA PERDIDA

Entramos naquela grande sala, mas pequena comparada com outras, como ele disse.
Fiquei maravilhada com aquele espaço, com a junção de várias cores que se dispersavam pelas paredes e pelo público… tudo naqueles espaço foi apreciado por mim com uma enorme atenção. Estava ansiosa que “começasse”. Não tardando a minha ansiedade, começou um acorde musical. Tentei perceber de onde vinha e achei a personagem que o tinha soltado. Começou. Começou a música, começou os pulos, os empurrões com nome de “moche” e os soltares de palavras que tendiam completar uma faixa de música.
Fiquei chocada. Era punk rock. Havia pessoas que se soltavam e se deixavam levar pelo som da batida, pela música. Era só empurrões por aqui e por ali. Era vivências puras de quem sente a música (?)
Eu estava a um canto “inferior” direito do palco, a abanar a cabecinha, a bater o pezinho, a dar pulos quando as guitarras tocavam mais agressivamente, e a cantar quando sabia a letra.
Reparei, que as pessoas a minha volta se vestiam de uma maneira que achei interessante. Vestiam-se com roupas justas ou largas (conforme), usavam camisolas a dizer “NÓS SOMOS TARA PERDIDA”, tinha piercings, cabelos enormes (…) predominavam o vermelho e o preto nos trajes e acessórios… Haviam pessoas com vários e diferentes gostos, e isso é que tinha sentido. A certa diferença é que marcava a diferença.
Foi o MELHOR.