terça-feira, 12 de janeiro de 2010


Vaguear pelas ruas e olhar um pouco para os altos e baixos da cidade cria certas confusões na cabeça que nos deixa ir para casa com um certo peso na consciência ou então que nos leva a questionar sobre diversas perguntas às quais achamos que dificilmente obtemos uma resposta.
Sinceramente, a mim, custa-me andar pela rua e aprofundar a visão sobre o que se passa à nossa volta e que por vezes nos passa completamente ao lado. Dou por mim a olhar para pessoas sem-abrigo, que pedem por esmolas que não caem nos fundos das garrafas, homens domados pela cegueira que vão tocando acordeão, malabaristas, ilusionistas, cantores de rua, peripécias circenses, estátuas, fotógrafos, mulher chiques...
Toda a sociedade, diversificada numa simples ruela, onde o asfalto é pisado cerca de 125478952 vezes por dia, onde o sol chega e é desviado para iluminar as montras, onde as roupas e o calçado anunciam saldos e as pessoas correm para apanhar as rebaixas luminosas...
Dou por mim com sacos e mais sacos de compras, em casa no calor da lareira ou do aquecedor, á mesa a jantar com a família, e penso então agora: como será a vida daqueles que não tem um tecto, família e comida?
Maior parte das pessoas que lerem isto têm internet, e isso, nem eles têm.
Precisávamos da internet, de televisões, de tabaco, de muitos armários com roupa... ?
Se não fossemos habituados a isso, não.
Se nos queixamos da vida que por vezes levamos, o que diriam essas pessoas se tivessem uma vida tão repleta de coisas como a nossa...

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