quarta-feira, 13 de maio de 2009

14 de Maio
Está quase a chegar ao dia de amanhã. Consigo lembrar-me do mesmo dia pelo ano que passou. Foi a felicidade, "Parabéns meu amor", dizia-te eu com um tom doce e apaixonado. Tu agradecias, abrias a prenda e de seguida olhaste para mim com o teu ar sem jeito e disses-te "obrigado". Em seguida, tu sabes o que aconteçeu. Era todos os dias, os mesmos lugares, o mesmo caminho de volta a casa, o mesmo perfume, o mesmo carinho, por vezes amargo ou doce... Eras tu a reinar na minha memória, o meu coração a explodir de felicidade, o teu olhar a entrar no meu como se fosse vento a entrar por uma janela a fazer corrente de ar (...) sinceramente, o que fomos e o que somos!
Tinha que aconteçer, eu precisei mudar, precisava seguir, não havia volta a dar. Não me arrependi.
Só me arrependo do que não fiz, e até agora só eu sei essas coisas.
Um dia, se já não aconteçeu, tu vai parar, vais pensar, vais relembrar a música, ficar parado a ver fotografias, ler as imensas cartas, pegar em objectos, e vais-me dizer que tudo não foi tempo perdido, e que foi o melhor da tua vida.
Mas eu só reparo em muitos pormenores disto com o passar dos dias; e na verdade, fui eu que te larguei, e quando te quis agarrar outra vez, tu já tinhas desaparecido daquele lugar onde eu te havia deixado.
um PAUSE colocu-se no meu caminho

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