domingo, 7 de junho de 2009

Será que...

Eu deveria amar-te não era?
Eu deveria retribuir-te com toda a clareza o sentimento que mesmo não querendo o manifestas; deveria dar-te aquilo que, não demonstrando, queres receber.
Eu deveria fazer mais por ti, por mim, para meu bem, para NOSSO bem. Para ao menos sair da velha e antiga história onde permaneço.
Estou contigo. Abraças-me, fazes-me corar, fazes-me cair, fazes-me cócegas, beijas-me a face, danças comigo, telefonas-me, falas comigo, olhas-me nos olhos, bates-me (poucas vezes e indolorosamente), tantas coisas mas em destaque, fazes-me rir e fazes-me FELIZ.
Eu fico contigo, naqueles lugares que já estão gastos por nós de tanto os frequentarmos, deito-me sobre o teu colo, deixo que me adormeças, e não recordo mais nada, só penso naquilo, e em coisas relacionadas connosco. Levas-me para lá do meu horizonte.
Ás vezes, fazes com que o meu coração acelere mais depressa com certos gestos, certo toque, certos olhares ou certas palavras… deixas-me sem reacção quando eu quero exprimir certas sensações…
Ainda não respondi sequer a pergunta inicial.
Eu deveria amar-te não era?
Eu deveria fazer-te o mais feliz, beijar-te com todo o meu amor, consumir o teu calor e expandir-me pelo teu corpo, deixar que me tocasses amorosamente, permanecer ao teu lado para toda a minha vida.
Era isto e mais nada, mas contudo tendo a continuar a fugir a pergunta inicial.
Eu deveria amar-te não era?
Só não quero fazer-te sofrer. Apenas fazer com que me dês um sorriso, fazer-te feliz (não da maneira que já fomos, mas de outra idêntica). Ficar ao teu lado, continuar a adormecer contigo, deixar que me faças muito bem…
E ainda permaneço sem responder á pergunta.
Eu deveria amar-te não era?
Sabes, acabo por chegar a conclusões que me deixam com medo.
Eu quero esquecer o passado, e ele não vai embora. Eu já fiz de tudo, e ele continua a ficar comigo, não com grande intensidade como antes, mas ainda está presente. Sou levada por questões, memórias, lembranças… A minha cabeça fica num turbilhão de batalhas que eu não consigo vencer. Diz-me que isto não passa de uma fase que não vai durar para sempre, POR FAVOR.
Ainda pergunto: eu deveria amar-te, não era?
E eu amo-te, pelo teu jeito, pela tua dedicação, compreensão, pelo teu AMOR por mim.
Contudo, não chega apenas amar. Eu sei que temos muito mais que isso.
Mas sabes qual é a pergunta agora?
- Será que mereces AMAR-ME ?

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